NOVO RADAR METEOROLÓGICO DO NORTE CONSTRUIDO NA SERRA DA FREITA TERÁ UM MIRADOURO COM VISTA DO MAR À SERRA
As previsões do tempo
sairão de uma torre de 50 metros, no pico do Gralheiro, na serra da
Freita, concelho de Arouca. Terá tecnologia mais moderna. Esta estrutura
começa a funcionar já no próximo mês de junho e vai disponibilizar uma
varanda a 40 metros do solo que servirá de miradouro.

Os últimos retoques estão a ser dados na torre de 50 metros de altura, a 1100 metros de altitude, com redoma no topo e 13 pisos. Uma estrutura preparada para emitir um feixe de radiação num alcance de aproximadamente 300 quilómetros, desenvolver um padrão espacial da precipitação e medir com mais precisão a velocidade do vento.
Seguem-se os testes experimentais e o radar de Arouca estará pronto a ser controlado remotamente, a partir do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em Lisboa, em Junho de 2014. O que significa que o Norte dispensará as informações transmitidas pelos radares da Corunha, de Santander e de Valladolid, em Espanha, como hoje acontece. As actualizações da previsão serão feitas de dez em dez minutos e estarão disponíveis no site com essa periodicidade. O país fica assim com um terceiro radar a juntar aos localizados em Coruche e Loulé.
"O radar do Norte vai ser o melhor do país", garante o gestor do projecto, Sérgio Barbosa, do IPMA. Com tecnologia de ponta, um sistema de radar de polarização dupla que permite detectar alterações meteorológicas e hidrológicas, como fenómenos inesperados e aumento da intensidade da chuva. "Foi projectado para garantir o rastreio da atmosfera até cerca de 300 quilómetros de distância e conseguirá penetrar no oceano em cerca de 150 quilómetros". Além disso, dará uma mãozinha aos outros dois. "O radar de Arouca também vai avaliar o Centro e o Sul na precipitação e no vento", adianta o responsável, acrescentando que a tecnologia que será usada no Norte deverá um dia ser utilizada em Coruche e em Loulé. Em Arouca, cada um dos três pisos técnicos tem uma varanda exterior onde serão colocadas as antenas de comunicação. Tudo num investimento estimado em três milhões de euros - comparticipado a 85% por fundos comunitários.
Varanda a 40 metros

Houve quem visse no projecto do radar uma oportunidade. "Procurámos que não fosse apenas um investimento associado ao controlo atmosférico", adianta o presidente da Câmara de Arouca, Artur Neves. "Procurámos aliar um investimento relacionado com a protecção civil a um ponto de interesse educativo e cultural". Equipar a varanda de modo a se poder ver as estrelas é uma ideia que está em cima da mesa.
De relembrar também que, perto deste radar integrado no Arouca Geopark, mora a Casa das Pedras Parideiras - Centro de Interpretação, localizado na aldeia da Castanheira. Em novembro passado completou o seu primeiro aniversário.Mais de um ano depois, estão contabilizados 30 mil visitantes desde que as pedras prontas a parir passaram a ter um espaço próprio. Artur Neves estima que haverá mais 15 mil que não estarão registados. As visitas chegam de todo o país e do mundo - do Brasil, Angola, Suíça, Alemanha, França, Itália, Holanda, Inglaterra, Espanha e Noruega. "Está a ser um sucesso. Visitas diárias, muitas excursões, crianças, idosos e visitantes em nome individual", concluiu o autarca.
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